quarta-feira, 11 de outubro de 2017

O QUE VEM AÍ NA 41ª. MOSTRA

                           
Antonio Carlos Egypto


Está chegando a hora.  O evento cinematográfico mais importante do ano, a 41ª. Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, começa dia 19 de outubro e vai até 01 de novembro, sem contar a repescagem, que estende as sessões por mais uma semana, geralmente, aí somente no Cinesesc.  Durante o período oficial da Mostra, 30 espaços acolherão os filmes, entre cinemas, centros culturais e museus.  Serão 394 títulos, incluindo 30 curtas-metragens e os filmes das retrospectivas.

Só de retrospectivas de grandes diretores serão 3.  A primeira, dedicada ao talentoso diretor Alain Tanner, integra  o  Foco Suíça , em que 32 longas recentes da produção do país serão exibidos.  Agnès Varda será homenageada com o prêmio  Humanidade  e terá 11 de seus filmes incluídos na 41ª. Mostra.  O trabalho da cineasta é de excepcional qualidade.  É para não perder essas sessões.  O diretor Paul Vecchiali também ganha retrospectiva e recebe o prêmio Leon Cakoff.  É um trabalho provocador, que merece atenção.






Um belo programa retrô será acompanhar a comédia muda “O Homem Mosca”,  de 1923, protagonizada por Harold  LLoyd, em que ele se pendura no relógio no alto de um prédio, que receberá o acompanhamento ao vivo da orquestra Jazz Sinfônica, no Auditório Ibirapuera.  Um luxo!

O cinema brasileiro terá presença farta na Mostra e pela primeira vez se entregará o prêmio Petrobrás R$100.000,00 para o melhor documentário e R$200.000,00 para a melhor ficção, com júri específico para isso.  Não faltará uma boa safra de filmes latino-americanos, como de hábito se constata na Mostra.  As últimas edições têm trazido filmes entusiasmantes pela qualidade.

Desde que nasceu, o foco da Mostra é o cinema de todo o mundo e a apresentação de novos talentos, cineastas que concorrem ao prêmio principal do festival, desde que estejam em seu primeiro, segundo ou terceiro longas.  E o público vota nos melhores, que serão analisados pelo júri oficial.

Os diretores consagrados, os premiados de festivais internacionais, os indicados de seus países ao Oscar de filme estrangeiro, compõem a Perspectiva Internacional, aqueles filmes que acabam provocando uma grande procura e longas filas em algumas sessões.   Mas quem pode resistir?

Por falar em filas, fazer assinaturas integrais, de 20 ou de 40 ingressos e retirá-los com antecedência na Central da Mostra, no Conjunto Nacional, na avenida Paulista, viabiliza  garantir lugar para as sessões, sobretudo as mais badaladas. As assinaturas estarão à venda na Central a partir de 14 de outubro.


O cartaz da 41ª. Mostra foi concebido pelo artista chinês Ai Weiwei.  Seu filme “Human Flow – não existe lar se não há para onde ir”, que abre o evento, já identifica um dos principais focos que podemos esperar na temática cinematográfica atual: a grave crise mundial dos refugiados.  Além dela, as questões da diversidade, de gênero e do meio ambiente, devem se destacar.  É o cinema pulsando em sintonia com o mundo.



Nenhum comentário:

Postar um comentário